[Fala com a LEGO] Respostas por Jan Beyer V

[Conchas]

Nesse caso, teria sido bem mais inteligente e de encontro às necessidades dos consumidores, AFoLs produtores de grandes layouts, etc... juntar nos conjuntos respectivamene:
7280 - 3 rectas mais 1 cruzamento, ou 2 rectas mais 1 cruzamento
7281 - 3 curvas mai um 'T', ou 2 curvas mais 1 'T'

Fizeste um estudo estatístico?


Pedro

Não, não fiz nenhum estudo estatístico! É apenas uma opinião empírica, feeling ou que lhe queiramos chamar.

A verdade, é que sempre que me entretenho a imaginar layouts de City e no fim vou contar os diversos números de placas utilizadas e tentar "encaixar" na forma como as estão a vender actualmente, acabam sempre por sobrar imensos cruzamentos e 'T's. Mesmo fazendo intencionalmente por maximizar o uso destes.

Se calhar acontece só comigo!?...


... mas imagino que o problema seja mais generalizado, e que a minha sugestão ajudaria a minimizar o problema

[El_gordo]

Nesse caso, teria sido bem mais inteligente e de encontro às necessidades dos consumidores, AFoLs produtores de grandes layouts, etc... juntar nos conjuntos respectivamene:
7280 - 3 rectas mais 1 cruzamento, ou 2 rectas mais 1 cruzamento
7281 - 3 curvas mai um 'T', ou 2 curvas mais 1 'T'

Fizeste um estudo estatístico?

Não, não fiz nenhum estudo estatístico! É apenas uma opinião empírica, feeling ou que lhe queiramos chamar.

É que pareceste muito seguro na omnisciência do que os consumidores em geral querem.

A verdade, é que sempre que me entretenho a imaginar layouts de City e no fim vou contar os diversos números de placas utilizadas e tentar "encaixar" na forma como as estão a vender actualmente, acabam sempre por sobrar imensos cruzamentos e 'T's. Mesmo fazendo intencionalmente por maximizar o uso destes.

Se calhar acontece só comigo!?...

Acredito que não estejas sozinho a pensar assim, não arrisco é afirmar que estarás numa corrente maioritária de pensamento. Depende da visão de cidade que se pretende, se com predominância de avenidas ou de quarteirões compactos. A mim agrada-me mais o modelo dos quarteirões, pelo que não sinto tanto a desproporção entre cruzamentos/entroncamentos e rectas. Da mesma forma que não há comparação entre Brasília e a Cidade velha de Praga, porque haverá sempre quem prefira um modelo ao outro.

... mas imagino que o problema seja mais generalizado, e que a minha sugestão ajudaria a minimizar o problema

Minimiza o problema para uns, maximiza com certeza para outros. Dum ponto de vista comercial interessa vender o máximo possivel e qualquer combinação que funcione é válida nesse propósito; dum ponto de vista do consumidor, a solução realmente conveniente seria ter as placas disponíveis individualmente para pacotes "faça-você-mesmo", estilo Pick-a-brick. A resposta do Jan é clara ao afirmar que a decisão de juntar as placas foi de natureza puramente comercial - como a LEGO não é uma obra de caridade, parto do princípio que eles tenham os dados estatísticos que te faltam

Claro que poder comprar as placas "à la carte" seria a minha solução de eleição. Se bem que existam formas de corrigir os excessos/défices de placas recorrendo ao mercado paralelo...


Pedro

[Conchas]

É verdade, o mercado paralelo ajuda a resolver muitos destes problemas !

Tb é bom saber, que aquilo que eu pensava que seria uma verdade generalizada, talvez não seja bem assim, e pelo menos alguns sentem uma necessidade diferente.
Pessoalmente não gosto muito de layouts de quarteirões compactos e regulares. Gosto mais de ver combinações diria mais criativas (sem qq intenção de ofender ninguém, talvez a expressão não seja simplesmente a mais feliz, mas é a que me ocorre de momento).

Gostei da analogia com Brasilia vs Praga. Nunca estive em Brasília, mas qt a Praga pelo que vi é de facto uma cidade magnífica!

[pedroagnelo]

(...)Pessoalmente não gosto muito de layouts de quarteirões compactos e regulares. Gosto mais de ver combinações diria mais criativas (sem qq intenção de ofender ninguém, talvez a expressão não seja simplesmente a mais feliz, mas é a que me ocorre de momento). (...)

Não estarás a contradizer-te?

[Conchas]

(...)Pessoalmente não gosto muito de layouts de quarteirões compactos e regulares. Gosto mais de ver combinações diria mais criativas (sem qq intenção de ofender ninguém, talvez a expressão não seja simplesmente a mais feliz, mas é a que me ocorre de momento). (...)

Não estarás a contradizer-te?

Contradizer em que aspecto? Não percebi, sorry!

Gosto de layouts menos regulares, mais diversificados portanto, que conduzem normalmente e na minha opinião, a maior utilização de rectas e curvas, em detrimento dos cruzamentos e 'T's em semelhantes quantidades.

[El_gordo]

Gosto de layouts menos regulares, mais diversificados portanto, que conduzem normalmente e na minha opinião, a maior utilização de rectas e curvas, em detrimento dos cruzamentos e 'T's em semelhantes quantidades.

Posso pedir-te alguma ilustração? Quer dizer, um exemplo daquilo que consideras mais interessante (se vires que é caso disso, um printscreen do Track Designer serve). É que sinto termos chegado àquela fase onde só mesmo com a imagem à frente é que consigo perceber a tua ideia 


Pedro

[pedroagnelo]

Portanto, o teu layout seria maioritariamente linear devido ao recurso contínuo a rectas e curvas... ok!

Ou enrolava-se sobre si próprio? Mesmo neste caso há lugar para os tais cruzamentos e entroncamentos...

[Conchas]

Portanto, o teu layout seria maioritariamente linear devido ao recurso contínuo a rectas e curvas... ok!

Ou enrolava-se sobre si próprio? Mesmo neste caso há lugar para os tais cruzamentos e entroncamentos...

'Enrolava-se' sobre si próprio, utilizando naturalmente tb cruzamentos e 'T's, mas em muito menor quantidade.

Dois exemplos em baixo, onde ainda se podem ver alguns 'T's (pq fiz u esforço nesse sentido), mas muito menos cruzamentos:

[El_gordo]

'Enrolava-se' sobre si próprio, utilizando naturalmente tb cruzamentos e 'T's, mas em muito menor quantidade.

Dois exemplos em baixo, onde ainda se podem ver alguns 'T's (pq fiz u esforço nesse sentido), mas muito menos cruzamentos:

Ora bem... a dificuldade prende-se com a adopção de uma leitura mais ou menos linear.
Quando há este tipo de "avenida", a opção pelas 4 faixas torna-se interessante visualmente. Essa opção permite também utilizar os entroncamentos de forma distinta:

• Inversão de marcha (esquema da direita, a meio da avenida)
• Acesso a uma bomba de gasolina (esquema da direita, imagina a bomba como sendo a placa tan)

Os cruzamentos são automaticamente duplicados. As curvas podem servir para acessos a edifícios (esquema da direita, ponta direita), como hotéis, por exemplo.

A verde podes ver placas rectas, meramente representativas dos pontos de conexão do esquema da direita; no limite qualquer outra placa pode ser utilizada, a gosto.

O esquema da direita usa 2 rectas, e 4 placas de cada uma das outras; friso que as 6 rectas verdes não fazem parte do esquema propriamente dito.

Ao duplicar vias podes pensar que estás a roubar espaço para edifícios; mas pensa em Los Angeles, em que 2/3 da área urbana é asfaltada, e concluis que ainda consegues ficar longe. E assim já consegues usar as placas "difíceis"...

O esquema da esquerda representa uma "rotunda" descentrada, feita apenas com entroncamentos. Há muitas por aí. Um conjunto assim quase que pede curvas e cruzamentos logo a seguir!


Pedro

[Conchas]

Entendo o que pretendes transmitir!
E ao fim ao cabo, acabo por entender que a estratégia de comercialização de placas de estrada por parte da LEGO, possa ter em vista este tipo de layouts mais "lineares".

Contudo os meus ensaios atrás tinham alguns propósitos diferentes, como por exemplo arranjar espaços diversos e com geometrias variadas para fazer passar linhas de comboio e monocarril em níveis vários (incluindo subterrâneo), proporcionando sempre ângulos e espaços diferentes ao observador comum.
Sem estar estar aqui a explicar detalhadamente os objectivos e condicionantes, entendo que a leitura daqueles ensaios tb não seja muito linear.

No fundo o LEGO é isto mesmo, tem espaço para tudo, gostos variados e muita imaginação .

[El_gordo]

Contudo os meus ensaios atrás tinham alguns propósitos diferentes, como por exemplo arranjar espaços diversos e com geometrias variadas para fazer passar linhas de comboio e monocarril em níveis vários (incluindo subterrâneo), proporcionando sempre ângulos e espaços diferentes ao observador comum.
Sem estar estar aqui a explicar detalhadamente os objectivos e condicionantes, entendo que a leitura daqueles ensaios tb não seja muito linear.

Por isso é que eu já me deixei de planear a cidade em função do comboio - ele passa a caber onde couber, e pronto. Quando o espaço é limitado, a escolha a fazer é entre dar destaque ao comboio (que ocupa imenso espaço nos parques de manobras) ou à parte edificada (que não ocupa muita área, mas limita imenso o traçado possível das linhas). Para ter as duas coisas em simultâneo, ou se procura mais espaço, ou se esquece a cidade linear e se passa à cidade radial... que é absolutamente inadequada à exposição!

O recurso a múltiplos níveis no comboio é uma solução arriscada - há declives que um SFSC não consegue subir quando está completo (locomotiva + 5 vagões). Já o monocarril cabe em praticamente todo o lado e não me preocupa - para referência, ver "Bricktopia".
Nem de propósito, hoje fui à descoberta duma linha de eléctrico desactivada cá no Porto. Inclui um túnel, meio (!) viaduto, alguns gradientes mais acentuados... e tudo em 300m. Mas era eléctrico, não comboio. Aquele percurso seria absolutamente insusceptível de ser feito por composições mais pesadas.
Claro que deu algumas ideias... para inserção urbana de via férrea


Pedro

[LBaixinho]

Acho que estamos a pensar muito em relação a nós "AFOLs". Será que as crianças pensam o mesmo?

Muito provavelmente compram uma ou duas baseplates durante a infância toda, e assim até se compreende a estratégia actual da LEGO.

[Conchas]

Acho que estamos a pensar muito em relação a nós "AFOLs". Será que as crianças pensam o mesmo?

Muito provavelmente compram uma ou duas baseplates durante a infância toda, e assim até se compreende a estratégia actual da LEGO.

É verdade, confesso que tenho de facto alguma tendência para esquecer essa perspectiva .

[pedroagnelo]

Muito provavelmente compram uma ou duas baseplates durante a infância toda, e assim até se compreende a estratégia actual da LEGO.

Óbvio... não estou a ver a criança "média" a ter imensos sets que obriguem a ter muitas roadplates

[El_gordo]

Óbvio... não estou a ver a criança "média" a ter imensos sets que obriguem a ter muitas roadplates

Vale o que vale como exemplo anedótico, mas conheci um garoto que gastava dinheiro em roadplates e nunca (!) comprou uma única casa ou edifício que não fosse polícia/bombeiros. Tinha era uma porrada de ruas que davam para lugar nenhum...


Pedro