Sobre a justeza ou não do aumento, eu vou dar o beneficio da dúvida á LEGO, e julgar em 2 momentos no futuro:
- Na apresentação do relatório de contas de 2022
- No caso improvável de vermos uma deflacção consideravel no futuro
Desde que quase faliu, a LEGO implementou um modelo financeiro com restrições sobre margens mínimas de lucro, para assegurar que não voltaria a estar na mesma situação. Essas restrições podem estar a levar a estes ajustes antes do ponto em que seria financeiramente obrigatório.
Para mim, pessoalmente, esta é daquelas que cai no balde de "não gosto, mas não posso fazer nada em relação a isso".
O meu budget vai dar para menos 2 ou 3 sets ao longo do ano, e pronto.
Sobre o impacto que terá para a LEGO:
- Eu tenho visto a LEGO com muitos problemas operacionais em suprir a procura (muitos sets esgotados, o pick a brick standard indisponivel durante quase 2 meses, pouco tempo após o lançamento)
- Se é por dificuldades em assegurar matéria prima (ou matéria prima ao custo que assegure margens), por falta de pessoal, ou outras razões, não faço ideia.
- Mas a verdade é que estão a perder vendas por isso - não dos consumidores regulares que pedem para ser avisados quando o set estará disponivel - mas dos ocasionais, que se o LEGO está esgotado, vão comprar outro brinquedo.
- Se ao aumentar os preços diminui a procura, vão entrar menos em ruptura de stocks, e recuperar algumas dessas vendas. Ficarão sempre a perder em termos de número de vendas, mas se calhar não tanto como poderíamos pensar.
- Vão é perder vendas dos consumidores regulares, para ganhar dos ocasionais.
- Pelo que sei o departamento de análise de dados da LEGO é bastante bom (como não podia deixar de ser, uma das directoras é portuguesa

), eles devem ter olhado estudado as alterações de forma aos números de vendas previstos, no fim, baterem certo financeiramente.