Pedro, praticamente todas as personagens Adventurers tinham armas! E as múmias "más" também estavam lá. Qualquer história ou lenda tem os "bons" e os "maus", é uma forma de ensinar valores aos mais pequenos. Até o Noddy tem lá os duendes...
No Noddy não há armas. Nem o Sr. Lei as tem!

Agora, voltando ao LEGO: a minha objecção não é às armas em si; oportunamente já manifestei a minha concordância com o uso de armas no Castelo e nos Piratas. Até na primeira série de Adventurers me parecem uma questão secundária; as armas não têm o papel central, a não ser no avião do Sam Sinister. Há muitas? Sim. Os exploradores tinham armas nos anos 30? Bem... sim. Ainda não se falava de espécies em perigo e aquela malta tinha de comer lá nos confins da selva (ou no deserto, andar ao tiro às raposas, sei lá).
Agora, diz-me: irias à caça de metralhadora? Caso respondas afirmativamente, isso seria socialmente aceitável?
O pressuposto das armas LEGO é que seriam usadas em contextos históricos; isto não é história. É um travesti.
Mas isso dos bons e dos maus não é recente, desculpa. Eu sei que alguns AFOLS não gostam que se diga isto, mas quase todos os temas LEGO tens os bons e os maus da fita. Dizem que não há facções positivas ou negativas no Castelo, mas põe uma criança a brincar com o 383 por exemplo, e ele diz-te que o cavaleiro com cores mais escuras é mau e o cavaleiro de cores mais claras é o bom.
Não sei se concordo contigo na avaliação do Bons/Maus em tempos tão recuados. Para mim houve sempre, mesmo em criança, mais do que duas facções e as alianças não eram estanques. Pensa no
1984 
Admito, sim, que houve uma tendência para a bipolarização nas séries mais recentes de Castelo. Eu não vejo os Forestmen como "bons" por oposição aos Crusaders; não vejo os Lobos como "maus" por oposição aos Dragões. E o Merlin, é o quê?
Havia dantes um grande leque de cinzento que nos dava margem de manobra à imaginação. E se calhar por isso é que crescemos a aceitar um mundo menos maniqueísta do que os putos de agora. E não deixa de ser irónico, uma vez que somos filhos da Guerra Fria.
Pedro