Desde que a LEGO abandonou o sistema 9V (que durou 15 anos) e os seus carris metálicos que a via férrea LEGO tem sido motorizada por baterias (ou pilhas) e rola sobre carris de ABS. As únicas variações na bitola standard (L) que se tem visto são novas geometrias de curva (mais abertas para permitir comboios mais longos).
A motorização a partir de baterias tem algumas vantagens:
- Mais geometrias possíveis da via (porque não há o perigo de inversão de polaridade)
- Controle de velocidade independente de vários veículos (porque o movimento de cada veículo não está ligado à tensão / polaridade presente nos carris)
Mas tem também algumas desvantagens:
- A capacidade das baterias (ou pilhas) é finita.
- A alimentação de elementos de via (sinais e motores de agulhas, p.ex.) tem que ser autónoma, em vez de poder alimentar-se pela via.
Periodicamente há quem tente reavivar o tempo da alimentação pelos carris.
Há uns anos (2014) houve a proposta da ME Models de fazer carris em alumínio.
Foram ao Kickstarter pedir dinheiro e conseguiram, mas depois a produção enfrentou problemas e tal e coisa... enfim, sabem como são os projetos do Kickstarter: uns tem sucesso, e outro não.
Claro que reavivar únicamente os carris não chega, porque entretanto apareceram muitas outras coisas, como por exemplo o controlo remoto. Inicialmente por infra-vermelhos com comandos específicos, mais recentemente por bluetooth via um qualquer telemóvel.
Alimentação pelos carris e comando remoto em simultâneo de vários comboios só é possível com motores algo diferentes dos que havia no tempo dos 9V:
Os
70358, que têm a velocidade proporcional à tensão da via e a direção conforme a polaridade na via.
Motores que permitam tudo ao mesmo tempo teriam que ter a captação de energia separada da aplicação ao motor.
Há até neste fórum quem proponha alimentação por carris só em algumas zonas da via para carga das baterias a bordo e carris de plástico (que são bem mais baratos que os metálicos) na maioria da restante via (onde a alimentação seria assegurada por baterias). Mas isto continua a implicar que o comboio tem que transportar a(s) bateria(s), componente pesado e volumoso...
Recentemente apareceu mais uma proposta nesta área: A
Fx Bricks, fabricante dos controladores
PFx Brick propõe fazer ambas, integradas naquilo a que chama
Fx Track SystemA ideia foi divulgada em 2019 e os primeiro carris (retas)
chegam agora, junto com planos sobre as motorizações.
A empresa, canadiana, é uma
parceria entre o Michael Gale e o Jason Allemann AKA
JKBrickWorks, a produção é maioritáriamente no extremo oriente, e a distribuição será feita inicialmente de Hong Kong e mais tarde também do Canadá (da Europa ainda indefinido).
O que acham desta ideia / produto / sistema?