Relato do LEGOWorld – Dia 00

Acho que nunca vimos tanta bicicleta junta. Aqui toda a gente tem bicicleta, mas toda mesmo. Acho que em Portugal é moda pagar a carta ao filho aos 18 anos, aqui deve ser dar a bicicleta aos 3. Contaram-nos que todo o caloiro gama a sua primeira bicicleta (tipo praxe). Além disso a Holanda é ultra-plana. Comparando, o Alentejo é uma terra montanhosa! A maior parte dos desníveis foram feitos pelo homem. Canais, diques, elevações para as estradas e caminhos-de-ferro, etc.

 Apesar de estarmos relativamente perto do recinto, apanhámos um táxi até ao local e momentos depois estávamos a ser recebidos pelo Paul Volters, Jason Railton e Jan Beyer.

O recinto cheirava a LEGO, muito ABS junto, muita cor e algum movimento, depois de conhecermos a verdadeira dimensão do recinto, a sensação produzida pela enorme quantidade de construções para ver fez disparar a nossa adrenalina. Ah! O recinto estava bastante frio naquela altura. Muitas dos acessos laterais estavam abertos e às 19h a temperatura é já bem baixa.

Apesar da vontade de verificar se estava tudo bem com os nossos MOCs, praticamente obrigaram-nos a jantar e o Jason Railton (LA inglês) serviu de cicerone, bastante simpático e informou-nos sobre os procedimentos a seguir. Falamos também da questão cultural e suas diferenças, nesse momento percebemos que poderíamos ter algum contratempo com a comida. Durante o jantar percebemos que já existia uma percepção sobre os AFOLs portugueses. O Pedro (gordo) foi bastante elogiado e mesmo durante o evento foram vários os AFOLs que o referiram. Ficamos todos orgulhosos. Depois de uma refeição bem condimentada e bastante estranha, tanto em cores como em textura, fomos montar os nossos MOCs, que exceptuando um andar da torre estavam em óptimo estado, meia hora depois estava tudo pronto do nosso lado :D.

torre de belem desmontada

O local dos MOCs não era o mais desejado, mas também tínhamos sido dos últimos a chegar e ocupávamos pouco espaço para termos direito a display próprio. De qualquer maneira o assunto foi tratado no dia seguinte e até ficamos com um local muito bom!

vista legoworld

Foi altura de conhecer mais pessoal, principalmente holandeses. Também estavam a jogar em casa. Deu também para vislumbrarmos uma novidade: O Town Plan. Ainda falamos com o LEGO Designer do tema Creator, Lami Phan (vietnamita pequenino e muito querido) que estava estacionado no stand à nossa frente, para sabermos alguns pormenores do set. Acho que nada de novo que não se tenha já falado em outros lados. Sobre o LEGO Designer, ficamos muito satisfeitos com a forma com que discutíamos ideias. A função dele ali, para além de estar disponível para conversar e informar o público era recolher o feedback de todas as fontes, sobre os sets Creator. Conseguiu, sem dúvida.

Demos a nossa primeira espreitadela no Museu, estavam lá os temas mais representativos e a visão geral era sem dúvida muito apelativa. Num dos cantos estavam cadeiras e o vídeo projector. A ideia foi passar imagens de pequenos documentários sobre a Lego a sua história e evolução, pena foi estarem em holandês. Mas não ficamos muito tempo por ali, já era tarde e havia que descansar para o primeiro dia do evento.

Entretanto, falaram-nos com saudade do Daniel e até do Ildefonso, foi muito reconfortante ouvir boas referências aos nossos amigos.

Para irmos até aos bungalows apanhamos o Eus Bus (autocarro do Eus*). Os bungalows ficavam a uns 30 minutos de distância.

EusBusParece que este ano eram bem melhores que as edições dos anos anteriores e novinhos em folha. Tivemos participação activa num filme para descobrir como se ligava o aquecimento geral, para variar o documento estava em holandês. Depois de quase 1 hora o Baixinho decidiu mexer nas torneiras da caldeira e a água quente começou a correu e o chão radiante a aquecer o bungalow. A construção daquilo é óptima, muito bem isolados, praticamente poderia andar de roupa interior com temperaturas negativas lá fora. O que nunca compreendemos muito bem é a disposição das divisõespara acedermos ao quarto de banho com duche teríamos sempre que passar por um dos quartos explicando melhor, esse quarto de banho tem três portas. Uma para a lavandaria e as outras duas para outros dois quartos!

Manel e mateus rosé Nesse dia tivemos como colegas de bungalow o holandês Yvo Jasen e mais um casal de amigos a Marjolein e o Willen. Bebemos uma garrafinha de Mateus Rosé, o Manel foi apresentado aos de casa e conversamos até termos sono.

* Eus bus porque era conduzido por um membro do DeBowsteen chamado de Eugene mas como já era o segundo Eugene a entrar no DeBowsteen e como também é motorista de uma empresa de transportes de Zwolle, decidiram-se pelo Eugenio do autocarro :), hilariante para nós.


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